Venda do WhatsApp para Facebook não vai
alterar privacidade, diz CEO O ucraniano Jan Koum diz que política de não
coletar dados vai continuar. Respeito pela privacidade vem da infância: família
temia grampo da KGB.
Quase um mês após o WhatsApp ter sidovendido
para o Facebook por US$ 16 bilhões, o
presidente-executivo do aplicativo, Jan Koum, afirmou que a negociação não vai
alterar a privacidade dos usuários, que continuarão a não ter seus dados
explorados para fins comerciais de qualquer forma.
“Você não precisa nos dar o seu nome e nós não
perguntamos seu endereço de e-mail. Nós não sabemos seu aniversário. Nós não
sabemos o seu endereço. Nós não queremos saber onde é o seu trabalho. Nós não
queremos saber os seus gostos, o que você busca na internet ou coletar sua
localização via GPS. Nenhum desses dados algum dia chegou a ser coletado e
armazenado pelo WhatsApp, e nós realmente não temos
plano de mudar isso”, afirmou Koum, em comunicado publicado nesta segunda-feira
(17).
O executivo toca em um ponto caro não só aos
usuários, que manifestaram preocupação após a aquisição, mas também ao Facebook. O negócio central da rede social é a
publicidade, direcionada aos membros do site de acordo com o que compartilham,
veem e escrevem na rede.
“Especulações do contrário não são apenas
infundadas e sem base, mas irresponsáveis. Isso tem o efeito de assustar as
pessoas ao fazê-las pensar que nós estamos coletando todo tipo de novos dados.”“Se a parceria com o Facebook significasse que nós tivéssemos de mudar
nossos valores, nós não a teríamos feito”, pontou Koum, para quem o WhatsApp
fazer parte da família Facebook ajudará que o aplicativo continue a operar de
forma independente.
Nascido na Ucrânia, enquanto o país pertencia à
União Soviética, Koum diz que a questão da privacidade é pessoal devido à sua
origem.
“Um das minhas memórias mais fortes desse tempo é a
frase que eu ouvia frequentemente quando minha mãe estava ao telefone: ‘Esse
não é um telefone para conversar. Eu vou te dizer pessoalmente’",
escreveu.
E completou: "O fato que nós não podíamos
falar livremente sem temer que nossas comunicações podessem ser monitoradas
pela KGB é em parte por que nós nos mudamos para os EUA quando eu era
adolescente”.
Fonte: g1.globo.com/
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